quarta-feira, 29 de junho de 2011

Love Letter

Minha querida Matilde: 
No silêncio da noite o meu coração desespera e espera de novo que um raio de sol entre silenciosamente pela vidraça do meu quarto da mesma forma que tu entraste na minha vida, de modo a torná-la mais quente, mais clara e muito mais viva. Quando vejo o sol a pôr-se por entre as nuvens negras revejo penosamente o último dia em que te vi. Por muito que eu queira esquece-lo, nunca irei conseguir. A culpa de te ter deixado em lágrimas profundas e de ter roubado a esperança dos teus olhos trespassa-me diariamente.Se eu pudesse comparar quem sou neste momento, comparar-me-ia a um vagabundo... Pobres miseráveis que se arrastam, alguns que já tiveram tudo o que algum dia poderiam desejar, mas a vida colocou-lhe um obstáculo para caírem redondos no chão no negrume da noite.Guardo palavras que nunca te direi, não por não seres a pessoa em quem mais confio, mas sim pelo facto de não querer despedaçar o teu coração frágil ainda mais.A dor e a escuridão que se está a instalar constantemente no meu coração assusta-me, e assusta-me ainda mais quando sei que tu estás a sentir o mesmo ou ainda pior.Como eu queria que isto não tivesse de ser assim, como ou gostava de te ter ao meu lado neste local inóspito para o meu coração...No entanto, apesar de toda a angústia e desespero dentro de mim, nunca me arrependeria de te ter conhecido, de te amar, de te proteger e de guardar o teu coração com o maior dos cuidados.Há medida que os dias passam a saudade revolta-se ainda mais em mim... Como eu desejava poder dizer-te olhos nos olhos mais uma vez que te amo, poder tocar na tua face delicadamente branca, acariciar suavemente os teus lábios rosados e senti-los, olhar os teus olhos profundamente feitos de esmeralda e poder sentir a essência da tua pele... E voltar a estar vivo, vivo e não vazio como me encontro na noite gelada...E sempre que me encontro no abismo relembro os teus olhos verdes e imagino o seu brilho mais sincero sempre que te via sorrir para mim, ganhando esperança que um dia, o destino vai abrir as suas portas e sim sorrir para nós, deixando-nos juntos mais uma vez. 
Meu anjo, peço-te por tudo que sejas feliz!
Mais uma vez amo-te!
Pedro

(Esta foi uma carta escrita por uma pessoa muito importante para mim)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Amar

Pegar numa simples frase, numa simples palavra e torna-la numa melodia, é a verdadeira essência de um compositor. Tocar com um pincel delicadamente num quadro e criar uma obra de arte é verdadeiro dom de um pintor... No entanto pedir a um ser mortal para tentar explicar um sentimento eterno é uma tarefa para a qual é necessária uma grande resposta. Isto porque ainda ninguém conseguir criar palavras suficientes para tentar explica-lo.
É um sentimento que apenas é totalmente entendido quando o nosso coração já se deixou consumir pelas suas chamas, quando já não existe forma para o apagar.
Senti-lo assemelha-se a um toque no céu, à realização de algo irrealizável, à contemplação de algo invisível.
Não acredito que exista alguém que nunca tenha provado a sua força, porque mesmo que sejamos fugitivos, algum dia, ao acordar, vamos encontra-lo a olhar nos directamente nos olhos.


Amar e ser amada, diariamente o verdadeiro amor a crescer dentro de nós...
E sentir os raios de sol na minha pele branca, ao teu lado. Testar as tuas mãos delicadas de anjo a acariciar a minha face. Experimentar os teus lábios doces e observar nas profundezas dos teus olhos...


E sim, o verdadeiro amor é demasiado grande para se medir, aliás não há medida possível, uma vez que... é eterno  sem sequer ter tempo verbal... Presente, passado ou futuro. E se algum dia se deixar de amar, é apenas porque nunca se chegou a amar profundamente...

Obrigado por visitarem o meu blog!